Finalmente, um post. Esses dias eu tenho escrito bem menos e desenhado/estudado bem mais, não necessariamente nessa ordem. Cheguei a pensar que eu havia perdido minha inspiração para 'levar na esportiva', e com isso, minha motivação para escrever ficou dedicada só e somente só, ao meu diarinho gay.Eu precisava mesmo sair para que algo acontecesse. E não é que aconteceu?
Pois então, o caso não é lá essas coisas, só estou voltando agora, relaxa? Tive uma aula segunda pela tarde e, apesar de algumas dores de cabeça por ter quebrado a cabeça com coisas e pessoas, havia planejado bem antes meu solitário percurso de ir ao shopping comprar o ovomaltine 'pra viagem'. Até porque, em outras [várias] vezes, eu me queixava por não sentir mais os prazeres alimentícios da vida por causa do terceiro ano. Mas é. Meu fim de semana é só um dia e meio. A tarde de sábado só uso para descanso e o resto do domingo faço todos aqueles rituais que fazia no sábado e agora os faço domingo. Nem vontade para sair dá mais.
Daí eu fui ao meu destino. Eis que, nos quarenta do segundo tempo, do nada, mudo de ideia. Não sei, do nada assim, alguma coisa me dizia que não devia ir. Achei que fosse frescura e, indo contra as minhas piras, desci do ônibus. Como nunca fui de enfrentar meus pensamentos, acabei me sentindo estranha, mas ao mesmo tempo, orgulhosa. Peguei um atalho, olhava sorridente para a máquina em que faziam o chocolate, vendo aquele líquido diliça sendo formado, para depois eu cair de boca nele. Embrulhei no pacote, enfiei na bolsa e voltei pra casa, sortuda até, por chegar em tempo de não pegar uma chuva.
Só me troquei e fui me aproveitar daquela beldade, né. Estava muito doce, acho que tinha perdido o costume. Era o de 700ml, pra matar as saudades, mesmo. Já pela metade, me sentia meio cheia. Mas não, não queria deixar, pois, se quisesse tomar mais tarde, não teria aquele mesmo gosto.
Não deu nem dois minutos, e parecia que tinha ratinhos na minha barriga aranhando-a internamente. Dor demais, menino. Deu no que deu, passei mal, né. Ter complicações por comida comigo já virou praxe. Ovomaltine eu tomo de novo, claro.
Caso semelhante ocorreu quando uma prima me convidou para ver um filme. Não é relacionado a comida, nada grave. Eu estava super empolgada, porque tipo, primeira vez em dois meses que eu não saía por causa das aulas. O combinado era de eu ir na casa dela às quatro. Mas meu sono foi forte e acabei acordando essa hora. Acordei sem vontade de ir. Porém, fiquei imaginando que ela já estivesse arrumadinha na casa dela me esperando, então corri para chegar lá num horário...consolável.
Minha mãe me aconselhou que, se eu não estivesse com vontade, que era só ligar dizendo que não ia mais. Como eu não gosto de telefone e sou boazinha, queria fazer isso por ela. But... já que a intuição, além de feminina, é ferina, as palavras da minha mãe viraram mágica e pan, se transformaram em chuva. Sim, em chuva. A questão é que eu pegaria um ônibus para ir até lá. Parecia até praga mesmo, gente. Foi só a mãe abrir o portão que começou a serenar e ventar muito. Tudo num estilo 'Jesus, me chicoteia'. E isso eu estando de vestido com rasteira. O ônibus demorou litrões, grãos de areia ralavam minha perna, o vento faltava me deixar pelada. Sem falar que começou a serenar bastante e acabei me molhando um pouco. Não faltava nada para eu atravessar a rua e voltar para casa. Mas fui. Não teve ovomaltine, mas foi gostoso do mesmo jeito.
bjs.